Um ano depois...

domingo, 3 de abril de 2011

Vivendo e (re)aprendendo

Nos últimos 20 anos, vivi rodeada de cachorros. Portanto, não sou inexperiente. No entanto, fazia dez anos que eu não sabia o que era ter um filhote de dois meses em casa -- um não, dois!

A ideia de pegar dois tem duas explicações: a família estava dividida quanto a qual raça escolher (labrador ou golden); e o fato de que o filhote ficaria sozinho boa parte da tarde.

Nas minhas experiências anteriores, sempre houve companhia/vigia para os filhotes novinhos em casa. Agora, minha filha cresceu, estuda e trabalha; e minha ajudante, braço direito por 22 anos, não dorme mais aqui, chega cedinho e vai embora as duas, três horas da tarde. Eu chego do trabalho lá pelas sete, oito da noite. E depois de um dia inteiro de trabalho e de tudo que eu continuo precisando cuidar (a vida não parou pra eu cuidar deles), minhas noites são total e exclusivamente dedicada a eles. Cuidar, limpar, educar, dar comida, brincar.

Enfim, de fato, eles se amam, fazem companhia um ao outro, e se completam. Bom demais para eles... mas para nós, os donos...  realmente é trabalho em dobro. Não aconselho de jeito nenhum dois filhotes de dois meses de uma vez a marinheiros de primeira viagem, a desacostumados, ansiosos, ou organizados demais. A casa fica muito bagunçada, vira deles. E as nossas vidas também! Pelo menos nos primeiros meses, depois tudo vai voltando ao normal, e vai sobrar completar a educação, fazer companhia, alimentar,  e providenciar muito, muito exercício.

Bem... todo esse preâmbulo pra dizer que não lembrava mais de muita coisa, e no primeiro mês, nossa, como apanhei até pegar o jeito de novo! O jeito de como se organizar minimamente, de descobrir a melhor maneira de fazer as coisas mais prosaicas -- quantos baldes, panos de chão, jornais, remédios, brinquedos, pratinhos, etc... -- como organizar barricadas para evitar minimamente artes, acidentes e acessos a lugares perigosos. E, principalmente, como deixar pra lá pra muita coisa! Afinal, cães ajudam a evitar problemas do coração, a se divertir e relaxar, não a se estressar mais. Cheiro de cachorro molhado, marcas de patinhas molhadas (de chuva, de xixi, da água do bebedouro...), buracos cavados nas portas, no piso de cerâmica (!!!), coisas derrubadas pelo chão... fazer as unhas da mão, pra quê? não duram um dia, de tantas vezes que tenho que meter a mão no balde cheio de amoníaco, torcer pano e passar no chão.

Também havia perdido o jeito (ainda não peguei de novo...) de escovar, limpar, ensinar comandos basiquinhos... com petisco ou sem? antes ou depois do jantar? aulas juntos ou separados?

E tem o capítulo alimentação, um caso à parte. E o capítulo doencinhas, verminhos... chatice total, inevitável! Ou quase, pois meu último rottweiler era tão saudável que nunca foi ao veterinário quando filhote, não tinha nada nunca!

Mas é aquela coisa, em dois tudo se multiplica, tudo passa de um para o outro...

Trabalheira danada.

Mas as alegrias são imensas.

E tem outro detalhe: isso passa como um raio.

Em um mês aqui em casa, eles dobraram de tamanho. Chegaram pesando em torno de 6 quilos em 26 de fevereiro, em 3 de abril, pesam 12!

Eles já estão um pouco menos agitados e bem mais obedientes, o trabalho já está diminuindo.

Vou colocar aqui na home coisas que tenham relação com ambos, com a criação/convivência/descobertas dessas duas pestinhas adoráveis. Mas criei páginas diferentes para falar de cada um deles separadamente também (veja relação no menu à direita), e uma de dicas sobre saúde, comportamento, alimentação, higiene, passeios... e o que mais eu aprender (ou reaprender) com eles daqui para a frente.

Aguardem!

2 comentários:

Luciana disse...

Amei!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Bjos, amiga!!!!!!!!!!! :)

Déia disse...

Léa, belíssima idéia!!! E muito bem executada!!! Como sempre, texto delicioso!!! Já estou com saudades dos meus afilhados!!! bjs e carinhos para todos!!!!